Religião é importante para crianças?
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Religião é importante para crianças?
w11 1/8 pp.6-7 escreveu:O que os pesquisadores descobriram: Por que é bom o pai desenvolver fortes convicções religiosas? O artigo “O Envolvimento Religioso do Pai e o Comportamento dos Filhos na Primeira Infância”, publicado em 2009, declarou: “O envolvimento com uma comunidade religiosa pode ajudar os homens a se tornarem melhores pais. A religião dá às pessoas apoio social e normas de comportamento, bem como um conjunto de ensinos e orientações sobre como viver.”
Segundo especialistas, simbologias religiosas simples ajudam os pequenos a assimilar valores como respeito e amor ao próximo
Embora João Victor tivesse recebido alguns princípios religiosos dos pais, não cresceu em um ambiente que se poderia dizer estimulador da religião. Foi batizado quando bebê por conta da tradição. Mas, em casa, quase não se falava sobre a Bíblia. Mesmo assim, com sete anos, resolveu por conta própria frequentar a igreja.
“Ele saía sozinho, não perdia uma missa”, conta a mãe, Tânia Santos, que não se considera nem um pouco religiosa. “Para dizer a verdade, eu e o pai dele somos do tipo que vamos apenas a batizados e casamentos”. Como não fazia nada aos finais de semana, João achou uma boa ideia se enturmar com o grupo da catequese, aumentando seus conhecimentos religiosos. Aos 11 começou a participar das aulas de caratê promovidas pela ordem dos Arautos do Evangelho e se destacou: foi um dos escolhidos para frequentar a associação. Cerca de um ano depois, com apenas 12 anos, passou a viver ao lado dos padres, fazendo votos de silêncio e se desligando aos poucos da família.
A busca de João Victor não foi à toa: a religião pode ser fundamental, ao menos na primeira infância. Há uma função para ela tanto do ponto de vista social como psíquico. “É o fundamento da construção moral e ética da criança, a base sem a qual tudo pode ficar solto, a criança pode ficar perdida”, afirma a psicóloga Sonia Lyra, doutora em Ciências da Religião. “Impossível não falar de Deus, porque Deus neste caso é um conceito que pode ter muitos nomes, mas cujo valor máximo é o amor”.
Por outro lado, a neutralidade dos pais diante das escolhas de João Victor não é incomum. “Muitas famílias têm optado por não criar suas crianças em um ambiente religioso, deixando que aflore naturalmente - ou não - um desejo de pertencer a uma igreja”, explica a antropóloga e professora da Universidade Federal da Paraíba Flávia Pires. O que ninguém esperava, entretanto, é que João Victor de fato optasse por seguir à risca uma carreira religiosa. Muito menos que, três anos mais tarde, trocasse o terço, a túnica e as longas botas por uma bateria e pelo rock.
“Não tínhamos dinheiro para manter o João ali. Antes ele tinha bolsa, mas houve corte e ele teve que sair. Ficou arrasado”, relata Tânia. Hoje com 19 anos, João Victor trabalha e faz faculdade de Ciências Contábeis. Vestindo a camiseta do Ramones, ninguém desconfia que um dia ele tenha vivido longas horas de silêncio absoluto e orações. “Antes disso, não gostava de música. Depois precisava suprir o que me faltava, e escolhi o rock – algo bem diferente da religião, mesmo. Hoje, já não me considero religioso”, afirma ele.
Religião é importante para crianças?
Segundo especialistas, simbologias religiosas simples ajudam os pequenos a assimilar valores como respeito e amor ao próximo
Para as crianças, a religiosidade pode significar respeito e amor ao próximo
Embora João Victor tivesse recebido alguns princípios religiosos dos pais, não cresceu em um ambiente que se poderia dizer estimulador da religião. Foi batizado quando bebê por conta da tradição. Mas, em casa, quase não se falava sobre a Bíblia. Mesmo assim, com sete anos, resolveu por conta própria frequentar a igreja.
“Ele saía sozinho, não perdia uma missa”, conta a mãe, Tânia Santos, que não se considera nem um pouco religiosa. “Para dizer a verdade, eu e o pai dele somos do tipo que vamos apenas a batizados e casamentos”. Como não fazia nada aos finais de semana, João achou uma boa ideia se enturmar com o grupo da catequese, aumentando seus conhecimentos religiosos. Aos 11 começou a participar das aulas de caratê promovidas pela ordem dos Arautos do Evangelho e se destacou: foi um dos escolhidos para frequentar a associação. Cerca de um ano depois, com apenas 12 anos, passou a viver ao lado dos padres, fazendo votos de silêncio e se desligando aos poucos da família.
A busca de João Victor não foi à toa: a religião pode ser fundamental, ao menos na primeira infância. Há uma função para ela tanto do ponto de vista social como psíquico. “É o fundamento da construção moral e ética da criança, a base sem a qual tudo pode ficar solto, a criança pode ficar perdida”, afirma a psicóloga Sonia Lyra, doutora em Ciências da Religião. “Impossível não falar de Deus, porque Deus neste caso é um conceito que pode ter muitos nomes, mas cujo valor máximo é o amor”.
Por outro lado, a neutralidade dos pais diante das escolhas de João Victor não é incomum. “Muitas famílias têm optado por não criar suas crianças em um ambiente religioso, deixando que aflore naturalmente - ou não - um desejo de pertencer a uma igreja”, explica a antropóloga e professora da Universidade Federal da Paraíba Flávia Pires. O que ninguém esperava, entretanto, é que João Victor de fato optasse por seguir à risca uma carreira religiosa. Muito menos que, três anos mais tarde, trocasse o terço, a túnica e as longas botas por uma bateria e pelo rock.
João Victor, hoje baterista e estudante universitário, abraça a mãe, que segura seu antigo uniforme da ordem religiosa
“Não tínhamos dinheiro para manter o João ali. Antes ele tinha bolsa, mas houve corte e ele teve que sair. Ficou arrasado”, relata Tânia. Hoje com 19 anos, João Victor trabalha e faz faculdade de Ciências Contábeis. Vestindo a camiseta do Ramones, ninguém desconfia que um dia ele tenha vivido longas horas de silêncio absoluto e orações. “Antes disso, não gostava de música. Depois precisava suprir o que me faltava, e escolhi o rock – algo bem diferente da religião, mesmo. Hoje, já não me considero religioso”, afirma ele.
A psicóloga Cibele Aparecida Pejam, mestre em Ciências da Religião, concorda que a religiosidade é importante na medida em que transmite conceitos éticos e morais. “Ela apoia a personalidade, junto com a família e a escola, e faz com que nos sintamos pertencentes a um lugar”, explica. “Em última instância, a função de toda religião é fazer a ligação do ser humano com o sagrado – não importa se o sagrado é chamado de Buda, forças cósmicas, Jesus”.
Arina Ribeiro, personal trainer, tem 28 anos e nunca foi batizada. “Meus pais queriam que eu tivesse livre-arbítrio para escolher minha própria religião, e não batizei meu filho, que hoje tem 12 anos, pelo mesmo motivo”. Ela não segue nenhuma religião, embora simpatize com várias e acredite em Deus de sua maneira. “Não acho necessário ter religião para ter fé”, ressalta.
Arina considera os valores importantes para a formação da criança. “Meu filho sempre simpatizou com a religião católica, chegou a estudar em escola católica e é fascinado pelas histórias da Bíblia, sendo que eu nunca tinha aberto nenhuma”, brinca. “Ele agregou os bons valores que ensinaram para ele, mas percebe que fanatismo, seja ele qual for, é bobeira”.
Além das barbas brancas
Mas será que uma criança pequena consegue realmente entender o significado de Deus além da visão clássica do “Papai do Céu”, um personagem que vive no espaço com suas longas barbas? Ao que tudo indica, não. “Comecei a ter uma ideia abstrata de Deus depois de um ano e meio nos Arautos, porque nos aprofundamos em teologia”, comenta João Victor.
“Muitos adultos têm uma visão material também, vendo Deus como um homem barbudo”, ressalta Cibele. “Mas a partir dos sete anos a criança começa a ter uma noção maior de abstração”. Como as crianças ainda não têm condições de refletir a respeito de longos debates filosóficos, o modelo passado pela religião – um bom homem, uma estrela-guia – é capaz de ensinar aos pequenos, de forma concisa, o respeito pelos outros, a necessidade de dividir as coisas e outros valores importantes para a vida em sociedade.
Se na primeira infância a religiosidade fica a cargo dos pais, é natural que na adolescência os filhos passem a buscar outras respostas e mesmo a questionar o que foi passado em casa. Mas a permanência de valores éticos e morais pode fazer com que o jovem seja menos vulnerável a comportamentos de risco, porque ele será mais estruturado emocionalmente. “A religião não precisa ser uma instituição nos moldes católicos, ela está no respeito consigo próprio e com os outros, com a família e o mundo à sua volta”, completa Sonia Lyra.
Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/religiao-e-importante-para-criancas/n1597569653634.html
TUTOR- Mensagens : 123
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Re: Religião é importante para crianças?
Eu postei um tópico no fórum extestemunas.net, o qual relata que recentemente, a Russia, considerou como "extremista" livros que para outros pontos de vistas, são inocentes, como por exemplo "O Meu Livro de Histórias Bíblicas".
Vou colocar aqui essa visão diferente da maioria.
Abçs.
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Re: Religião é importante para crianças?
Soares escreveu:Eu postei um tópico no fórum extestemunas.net, o qual relata que recentemente, a Russia, considerou como "extremista" livros que para outros pontos de vistas, são inocentes, como por exemplo "O Meu Livro de Histórias Bíblicas".
Vou colocar aqui essa visão diferente da maioria.
Abçs.
Fiquei curioso, aguardo sua postagem! Abraço
Última edição por TUTOR em Qua Set 30, 2015 2:59 pm, editado 2 vez(es)
TUTOR- Mensagens : 123
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Re: Religião é importante para crianças?
TUTOR, como sempre fazendo a diferença. Tenho um filho 10 anos que brigo na justiça com o Pai que é TJ.Meu filho está comigo e provavelmente vai continuar, mas eu cortei um dobrado com a congregação ajudando o meu ex. Mas Jeová tem me ajudado de verdade e ele nessa irá perder. Outras feridas ele me deixou, mas meu filho ele não irá levar.
Bjos
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Linda Hás- Mensagens : 128
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Re: Religião é importante para crianças?
Linda Hás escreveu:TUTOR, como sempre fazendo a diferença. Tenho um filho 10 anos que brigo na justiça com o Pai que é TJ.Meu filho está comigo e provavelmente vai continuar, mas eu cortei um dobrado com a congregação ajudando o meu ex. Mas Jeová tem me ajudado de verdade e ele nessa irá perder. Outras feridas ele me deixou, mas meu filho ele não irá levar.
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Não é mesmo fácil lidar com situações assim envolvendo filhos, mas o importante é que você está consciente e lutando.
Abraço
TUTOR- Mensagens : 123
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Re: Religião é importante para crianças?
TUTOR escreveu:Linda Hás escreveu:TUTOR, como sempre fazendo a diferença. Tenho um filho 10 anos que brigo na justiça com o Pai que é TJ.Meu filho está comigo e provavelmente vai continuar, mas eu cortei um dobrado com a congregação ajudando o meu ex. Mas Jeová tem me ajudado de verdade e ele nessa irá perder. Outras feridas ele me deixou, mas meu filho ele não irá levar.
Bjos
Não é mesmo fácil lidar com situações assim envolvendo filhos, mas o importante é que você está consciente e lutando.
Abraço
Obrigada.
Linda Hás- Mensagens : 128
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Re: Religião é importante para crianças?
No caso dessa adolescente a pressão para ser diferente dos demais colegas, a levou ao suicídio.
Vlw
http://tchaujeova.forumeiros.com/t135-jovem-filha-de-tjs-de-16-anos-se-suicida-por-ser-proibida-de-apresentar-numero-de-danca-na-escola#669
Vlw
http://tchaujeova.forumeiros.com/t135-jovem-filha-de-tjs-de-16-anos-se-suicida-por-ser-proibida-de-apresentar-numero-de-danca-na-escola#669
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